03/06/2009

Das influências e pesquisas.

Há algum tempo pesquiso música brasileira. Sempre foi meu principal interesse. Lembro de começar a entender sobre isso quando ouvi maravilhado ‘Verde, anil, amarelo, cor de rosa e carvão’, disco excepcional de Marisa Monte, lançado em 94. A partir daí, fui em busca de outros discos que tinham a ver com aquele. Como num jogo de links, foram me aparecendo os discos da década de 70 de Gal ( e me emociona ainda hoje ouvir Fa-tal, Cantar e Caras e Bocas), Caetano e Gil. Muito antes disso, me lembro de meu pai ouvindo uma fita cassete de ‘A ópera do malandro’, de Chico. Obviamente, nos meus 11 anos, eu achava aquilo horrível, e tinha que achar pois não era o que eu e meus coleguinhas de escola ouvíamos no rádio. Mas mesmo achando horrível, ou tendo que achar, aquilo me atraía de certa forma. Acabou sendo meu primeiro contato com a música brasileira, da forma como fui entendê-la a partir de Marisa.
Pesquisando e ouvindo exaustivamente o Tropicalismo, fui parar nos cantores de rádio. Descobri Dalva de Oliveira. Sua obra e sua vida me enlouquecem. A partir dela, Ângela Maria e Elis. E todos os outros. Música brasileira virou um vício.
Passei pelo rock, pela bossa nova (que nunca me atraiu muito, à exceção dos venerados João Gilberto, Nara Leão e Tom Jobim), pelo clube da esquina, pela vanguarda paulistana, pelo mangue beat, pelos nordestinos herdeiros de Gonzaga, pelo samba, pagode e pela nova mpb.
Me interessa hoje continuar ouvindo todos os já citados e ainda pesquisar os artistas populares, como Amado Batista, Roberta Miranda, Vanusa, Wanderléia, Perla (que é paraguaia, mas canta deliciosamente em português), Jessé. E os novos dessa mesma turma. Stéphany, Calcinha Preta, Calypso...
Você deve estar pensando: como alguém que começa um post falando de Marisa, Caetano e Dalva, pode terminar em Calypso? É exatamente isso que vou tentar explicar mais pra frente. Sem atropelamentos e sem desespero. E sabendo que música não tem limites.

PS. Continuo achando Gal a maior cantora do mundo. E Marisa o que apareceu de melhor na mpb nos últimos 20 anos, depois da morte de Cássia.
Marina Lima é algo que não cabe em um post só. Depois explico o porque, claro.
Na mesma medida, Perla merece um posto só pra ela.

3 comentários:

Beto disse...

ORGULHO. É a primeira palavra que vem quando penso que sou seu AMIGO.

alexandre de sena disse...

e já vou acompanhando...

Anónimo disse...

Aguardando o post sobre a Marina!!